quarta-feira, 4 de março de 2009

Inquietações da alma


Inquietações da alma
Que não suporta o vazio
De um lugar frio...

Que não esquece
Que não quer esquecer
O que em tempos foi riso
Vida
Alegria

E que hoje...
...é apenas uma sombra
Que deambula nos escombros
De uma casa vazia
Tão fria...!

Por isso chora
E lambe o sal
Que lhe escorre da face
Em silêncio...

E prefere sentir
O frio lancinante
Do vazio
Que lhe trespassa o corpo
Com o gume
De uma espada
Afiada
Com que se vai alimentando...

Ao nada
Que a deixasse morrer
De fome
Por nada mais
... sentir!


Lurdes Dias "Cleo"

3 comentários:

  1. Emocionei-me ao ver aqui postado um dos meus poemas, por sinal, um dos que mais gosto e que revela o meu lado mais obscuro também...

    O meu sincero obrigado por esta escolha!

    Beijo

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  2. Merecido!
    (Uma homenagem justa e bonita)
    Este moça escreve muito bem.
    Um beijo para ela e um abraço para o meu amigo António

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  3. Esta moça a que o Paulo se refere merece isto e muito mais.
    Talvez um livro, só dela!...
    Beijinho para a Lurdes.
    Abraço para o Paulo.
    Bem hajam

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