segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Suspiros de amor

Cai-te um suspiro da alma
Pelo qual não me desapego

Suspiro que te traz calma
Em ritmo que não sonego

Cai-te a réplica do mesmo
Num sentir mais profundo

Salpicos proferidos a esmo
Sustentáculo do nosso mundo

Cai-te uma lágrima sentida
Em sentires que são intensos

Pela simples felicidade vertida
E dos suspiros a ela propensos

Cai-te um sorriso maroto
E um gesto assaz traquina

Como saída de totoloto
Na tabacaria de qualquer esquina

Cai-te a rubor da face
Como um intenso clamor

Não há suspiro que disfarce
O puro sentido do amor

António MR Martins

Imagem in http://manoelvirgilio.spaces.live.com/ (na net)

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