quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Há sempre vida até à morte

Há uma esquina sentida
como talismã da sorte,
onde desfila o consenso,
outrora imagem perdida,
de quem perdeu seu norte
pelo momento suspenso.

Há um encontro passado
no tempo que é de Deus
e nesta mostra que é a vida,
um sorriso para quem é nado
no leito que vem dos seus
entre uma lágrima perdida.

Há um sentir em cada peito
no caminho da verdade
e na razão da existência,
nada se tome por defeito
onde há a sensibilidade
no amparo desta vivência.

Há uma mente abençoada
no porvir da distância
e uma face que também ri,
outra vida festejada,
uma nova fragrância
e uma criança que sorri.

Há um ser que então desperta
com as forças que possui
que é preciso alicerçar,
lhe tenhamos a porta aberta
verificando se não dilui
o amor que temos para lhe dar.

Há conceitos bem diversos,
pensamentos tão diferentes
e ideias de muito rigor,
mas anseio que estes versos
aos mentais deficientes
tragam um pouco mais de amor.


António MR Martins

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