Essa essência por quem me tomais
cheira-me a esterco.
Ah, palheiro maldito
que vos arde na goela,
o estrume, a quem vos vendeis.
Prefiro ser puta desejada,
daquelas, que se fodem
a troco de nada.
Essa essência por quem me tomais
sabe-me a censura.
Ah, chulos de merda
que vos enche os quadris,
a seiva, de quem bem vos fode.
Prefiro ser a puta que apedrejais
do que a vendida,
aquela, que se vende aos cães,
a troco de lambedura.
Matem-me!
Apedrejem-me!
ainda assim
gritarei,
liberdade
Conceição Bernardino
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