89 - Rogério do Carmo
Pobre de mim!
Terei de
acarretar meus ossos
Até ao fim
O resto dos meus
dias
Minhas últimas
agonias
Meus últimos
destroços!
Meus ossos
deixarão
Entalados dentro
do chão
E eles lá ficarão
Adubando
tremoços!
E meus ossos me
esquecerão!
Mas meus ossos
degradantes
A terra vomitará!
E tudo voltará
De novo a ser
como dantes!
Paris, 29/6/1990
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