terça-feira, 17 de março de 2009

Mulher

Tão leve como uma pena
passa um tempo sem destino
tão leve… na pura cena
nasce ao som do sino
a Mulher…

Tão leve,
nasce cada dia por preencher
e na essência de como se deve
ouso olhar para a mulher
que no silêncio caminha
dá,
entrega-se ao momento
e numa voz ausente
nada teme
quando leva o barco
pelo leme
ao seu porto seguro.

Tão leve nesse corpo angelical
moram os fragmentos
dos caminhos cortados
das insónias da vida
dos incómodos das palavras…

Tão leve…
Nasce cada sorriso matinal
que se perpétua
se mostra
e se diz feliz
no rosto de Mulher.

Paulo Afonso Ramos

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