Estranho-me...
Estranho-me
Quando de negro me visto
E de silêncio me calço...
Nasceram-me ilusões
Nas pontas dos dedos
Escreveram um castelo
Alto demais
Não lhe chego...
Abraço-me ao cansaço
Que me ampara
Na curva redonda
Do nada...
Invadem-me
Insignificantes sensações
Alma submersa
Em constante desassossego
Rendo-me
Descanso-me...
Lurdes Dias (Cleo)
Talvez hoje nem devesse escrever...
Talvez hoje
Nem devesse escrever...
Mas porque raio haveria eu
De não escrever
Se me apetece escrever?!
Mesmo que não tenha nada para dizer...
Será vício
Ou só um capricho
Da minha teimosia?
Diria que é uma sede
Uma sede que me seca por dentro
E que preciso saciar agora
Já!
Sem demora
Antes que morra presa
E ressequida
Esquecida
Numa teia empoeirada
De um qualquer canto do tempo...
Lurdes Dias (Cleo)
2 comentários:
Parabéns para Cleo pelo lançamento e para vc António, por ser escolhido para fazer as leituras. Um forte abraço.
É uma emoção encontrar manifestações de apreço e carinho como esta.
Muito obrigado António!
Foi um dia inolvidável.
Beijo
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