'alvorada!' ‘alvorada!’
cacarejou o galo,
gritou o despertador;
às seis horas da manhã,
numa manhã preguiçosa,
daquela; fria e chuvosa.
o poeta abriu um olho,
com o outro; meio de soslaio,
olhou seu mais belo poema;
sua ‘flor do dia’, dormia,
sonhando com a poesia,
o amor da noite anterior,
na cama ainda aquecida.
e a partir daquele dia,
não mais, houve alvorada
e decidiu ser sonhador.
e assim; cumpriu a risca,
e não mais foi pra labuta.
precisava de sossego.
por isso; comeu o galo,
quebrou o despertador.
cumprimentou a preguiça;
e voltou pro cobertor.
José Silveira
1 comentário:
ô meu querido amigo e poeta António, destacar um escrito meu na sua casa, é um gesto que sensibilizou-me grandemente. Fizeste desse humilde 'escrevedor de versos', um homem mais feliz neste dia.
Obrigado.
Meu abraço fraterno.
José Silveira
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