como se dependesse de mim
permanecer no silêncio
naquele silêncio
que não se quer rígido
esquecendo-se do propósito
de existir e de alimentar o fogo
sossega-me ver uma casa ao longe,
adormecida no ceptro
de terra abandonada
uma casa caiada de branco, todas
as casas o são, mesmo que os olhos
roubem a realidade
e deus a ignore.
a memória verga todas as coisas,
mesmo o silencioso movimento
da não-existência.
tudo é ilusório.
a casa abraça
a ferrugem dos corpos caiados
de gestos. os dedos movimentam-se
numa sinfonia de trevas
jorge vicente
1 comentário:
Muito, muito obrigado, meu Amigo.
Que tudo corra pelo melhor!
Muitos abraços
Jorge
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