Lendo poemas de Abril, de minha autoria, no espectáculo
"Abril Solidário", no Centro Cultural de Ansião, em 24 de Abril de 2012 (noite).
Entre o olhar e a garganta
E um outro sentido
Que de nós nunca desanca
Há um grito permitido
No silêncio de cada imo
E um Abril só e perdido
Em enorme desatino
Há um expoente malogro
Entre a essência ofuscada
Mas o Abril dos cravos
Será sempre data recordada
Há um sorriso preso
Na mácula de tanto sentir-se
E o Abril que foi dos cravos
Fraqueja e está a esvair-se
Que se não perca Abril
Pelo valor que contém
Que foi sempre aproveitado
Por tanto filho da mãe
Eleja-se Abril, sempre
Pela voz que é do povo
E perante Abril saudade
Se crie um Abril novo
De essência não diferente
Mas de teor fortalecido
Viva Abril, viva Abril
Que jamais será vencido
António MR Martins
25 de Abril de 2012
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