Terra Sagrada
Nos
campos perdidos, as pedras resistem.
Vestígios
passados, no tempo presente.As ervas medrando, silvestre semente,
viçosas gritando que nunca desistem…
As
pétreas ruínas, no chão decadente,
são
marcos, são ais, são sinais que persistemnos tempos danados que fingem que existem,
são esta agressão a doer indecente…
Nas
ervas que medram, assombra a saudade
dos
louros trigais, na promessa do pãoque a fome sacia na ceia suada…
Ah,
tempos danados de mediocridade!
Ah,
terra sagrada! Que profanaçãoassim te sujeita às grilhetas do nada?
José-Augusto de Carvalho, in “Pátria Transtagana”, página 40, edições Temas
Originais, 2014.
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