Espinho, imagem da net.
Trago
comigo memórias perdidas
ao
relento do teu aroma perfumadohortelã do teu regaço
e dos pássaros cantando ao desafio
por entre a bruma do esquecimento.
Vieste
do outro lado
abraçar-me
sem preconceitonum afago abundante
repleto de amizade simples e pura
por entre os sonhos inacabados.
Trago
o som das tuas palavras
no
meu recôndito espaço-ouvintee no âmago um aperto inalterável
perante a tua imagem sentida
e no grave da tua voz,
silenciada nos tempos,
se estende o meu caminho.
Sinto-te
todos os dias
companheiro
das horas calmase da agitação das conversas,
sorridas ou choradas,
conforme as circunstâncias.
Verde
ou azul
vale
o verbo da vidana diferença das margens do ser
e do pendor proeminente
dos laços que unirão para sempre
nossas vivas (in)existenciais.
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