Teresa Teixeira, imagem da net.
Agenda aberta
(Descobri
que é fácil morrer: basta entregarmo-nos…)
…Como
quem perde
todas
as julgadas vitórias num passenum flash, que nos entra nos olhos
e converte todas as lágrimas em grãos de areia.
Quantos grãos de areia…?
Talvez tantos, quantos anos tenhamos evitado a luz.
A cruz, essa
foi só conversa
(fiada)
que a vida não nos dá nada
empresta
uns trocos que nos iludem
a própria preciosidade
e dela nos cobra juros
mais cedo ou mais tarde.
A morte é de boas contas:
fiel, espera-nos sempre
basta entregar as pontas.
(Vida,
diz-me quanto te devo, quero agendar o meu pagamento.)
2 comentários:
Obrigada, António, um beijinho.
Não há que agradecer. Este belíssimo poema vem enriquecer o meu blogue. Beijinho.
Enviar um comentário