Ana Acto, imagem na net.
Vazio
Pulsa-me
nas veias o sangue quente
Neste
corpo ausente de sentidos e de vida
Vazio,
num vagar dormente de quem já não sente
Nu,
despido, frio
De
que me valem estes braços que me pendem
no
regaço, desistentes, cansados do adeus, a despedida
Ou
estes lábios, outrora cheios, rosados dos beijos
que,
mudo, lhes plantavas, agora selados, cerrados…
De
que me valem… de que lhes valho
Se em mim já não te trago…
Ana Acto, in “Nua”,
página 40, edições In-Finita, Abril 2020.
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