domingo, 11 de julho de 2010

Tranças

Porque sozinhos somos frágeis
Em tranças de fios quebradiços
Nos une a vida com mãos ágeis
Enquanto caminhamos postiços
No sentido forçado pelos sentidos
Por um rumo que nos leva perdidos.
Anda, vento forte – rajada –
Faz de tudo um quase nada
Desata-nos em madeixas soltas
Largadas às águas revoltas
Desta aventura feita da vida
Com a barragem destruída.
Que na nossa vulnerabilidade
Talvez sejamos mais completos
Do que entrançados sem vontade
Em tecidos rotos de afectos.
Goreti Ferreira

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