quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Há vida entre a árvore e o papel

No papel o seio
Da vogal
E da consoante
Que incorporam
O sentido à palavra

O ínfimo veio
Da complementaridade
E do sequente texto
Que iluminará
Cada próxima leitura

O caminho perdido
Reencontra-se
Entre a árvore de pé
E uma outra caída
À espera da transformação

O rumo esquecido
No vértice da palavra
Onde o papel ascende
Ao paralelismo
Por entre um toco de madeira

Eis a centelha
De um conhecido fado
Onde se ouve a voz
No complemento do trinado
De outro derivante da árvore

Neste olhar de esguelha
Onde a palavra se revela
Algum sentido se dá à vida
Em apelos transfigurados
Até que haja uma folha papel


António MR Martins

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