terça-feira, 25 de outubro de 2016

Alice, meu tesouro





Pedaço de gente,
por quem se envolvem sentires
de uma ternura sem fim.

É entre o teu cabelo escuro
e o teu sorriso sonhador,
que brotam os caminhos
para as maravilhas que sonhas
nessa tua observação contínua.

Tesouro incalculável,
valor infinito,
que faz bater no peito
o palpitar do aconchego
e o mais amplo sentido
que me faz sentir um avô único.

Eis a riqueza almejada
e o vaticínio cumprido
no sorteio surpreendente
para um patamar milionário da vida.

É tão bom chamar-te Alice!...
Minha doce netinha,
que anseio o momento-próximo
em que, alegremente,
me chamarás: avô!
 
António MR Martins

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