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Era um homem
de sorriso fácil e olhar meigo
que facilmente distribuía abraços.
Proferia palavras simples
modeladas pelos retoques da vida
que duramente lhe moldou os sentidos.
Era um homem cumpridor
da rude caminhada humana
e perante o desterro social
que lhe foi concedido
simplesmente sorria.
Trazia a humanidade em seus dedos
e nas mãos o rigor do trabalho.
Dos seus lábios se soltavam
palavras mudas
e a prestabilidade sem reticências
emergia-lhe com a sua força de vontade.
Era um homem
que ajudava o seu semelhante
sem quaisquer contrapartidas.
E dos momentos mais tenebrosos
filtrava o condimento
da sua eterna esperança.
O homem por fim morreu
e da sua partida ninguém falou.
Não tinha descendentes
e os antecedentes há muito haviam partido.
No cemitério uma lápide
“Aqui jaz um homem bom.
Paz à sua alma!”
António MR Martins
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