Num largo com tantas histórias
onde se prendem memórias,
abraços e desprendimentos,
euforias e lamentos,
sorrisos e lágrimas perdidas,
condimentos de tantas vidas.
Num recanto sonhador
onde surge o fumador…
num apelo à cerveja
ou lá aquilo que seja,
ali soletra-se a dor
e o furor dum pleno amor.
Há um lugar encantado
com segredo bem guardado,
para soltar o acanhado
tão só ou bem acompanhado,
traçando imagens do tempo
em hora certa ou a contratempo.
Acolhimento soberbo
quiçá, ali começou o verbo
de todo o entendimento,
num simples desprendimento
onde a secura é regada
a cada frescura esperada.
Venham todos a caminho
aprumados ou em desalinho
por forma a degustar
um intenso paladar,
com a companhia suprema
para todo e qualquer esquema.
Venham todos de vez só
bem limpinhos, ou com pó,
beber pela sede louca
que a água é tão pouca,
caminhem e ponham-se a pau
venham ao Quiosque do Lilau.
Tragam força para um abraço
para o amigo Elias Colaço.
António MR Martins
Junho de 2020
Sem comentários:
Enviar um comentário