Capa do livro "Rio de Infinitos / Riu d'Anfenitos",
de Teresa Almeida Subtil.
Precipitação
Esperar-te-ei
na imensidão e no aconchego do abraço,
sentindo-me ave de arribação, no voo
que me apetece agora ser, fazendo-me espaço,
peito onde esvoaça a minha exaltação de mulher,
mulher plena, mulher que sabe o que quer.
Há
versos que não ouso declarar aos céus,
mas se há deus,
se há pecados, eles coabitam lado a lado
com a pureza da imaginação, semente mil vezes semeada,
de mão dada com a alucinação da palavra e a certeza
de que a fronteira mora à beira do precipício
onde reencarna a liberdade e o poema arde de precipitação.
Teresa Almeida Subtil, in “Rio de Infinitos – Riu d’Anfenitos” (bilingue:
português/mirandês), página 64, produção independente, Março de 2017.
sentindo-me ave de arribação, no voo
que me apetece agora ser, fazendo-me espaço,
peito onde esvoaça a minha exaltação de mulher,
mulher plena, mulher que sabe o que quer.
mas se há deus,
se há pecados, eles coabitam lado a lado
com a pureza da imaginação, semente mil vezes semeada,
de mão dada com a alucinação da palavra e a certeza
de que a fronteira mora à beira do precipício
onde reencarna a liberdade e o poema arde de precipitação.
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