Capa do livro "Outras liberdades", de São Silveirinha.
ENLEIOS DE
AMOR
Quero
gravar-te
nas pedras da calçada.
Beber em ti
a candura da madrugada.
Lançar
ao alto
o pólen que é teu.
Acender-te no luar
e iluminar o intenso breu.
Quero
ser jorro de ti.
Verter-me na breve mirada…
De
braços esticados,
receber-te lentamente
na voz do povo, da minha gente!
Calcorrear
contigo esta estrada,
construída de alegres alvoradas.
Ah!
Que o tempo mergulhe
no rio da saudade
(último reduto dos apaixonados)
e te permita fluir em liberdade!
São Silveirinha, in “Outras liberdades”, página 66, edição de
Autor, 2019.
nas pedras da calçada.
Beber em ti
a candura da madrugada.
o pólen que é teu.
Acender-te no luar
e iluminar o intenso breu.
Verter-me na breve mirada…
receber-te lentamente
na voz do povo, da minha gente!
construída de alegres alvoradas.
no rio da saudade
(último reduto dos apaixonados)
e te permita fluir em liberdade!
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