Hoje, é dia de fazer anos o nascimento da Lita Lisboa.
Ela já nos deixou fisicamente, mas a memória conterá sempre a sua presença viva, em nós.
Deixo-vos um seu poema e o sentir profundo de imensas saudades!...
Deixo-vos um seu poema e o sentir profundo de imensas saudades!...
Lita e eu.
TELA VIVA
Não
amordaço as mãos,
deixo
que falem,
quando
na tela branca
elas
deslizam.
Solta-se
a cor e o pincel,
é
a força das artérias
que
matizam.
Em
murmúrios
apagam-se
os abismos
arde
o fogo
em
alquimia azul,
na
tela alva.
As
imagens, da sombra são despidas.
Visto-as
com auréolas de liberdade.
E
de repente
contemplo
o nascimento…
E
é luz, é luar
é
dia que amanhece
é
jarra florida
é
mar que encapela
é
colina que floresce.
E
do nada, fez-se sonho
e
o sonho criou vida.
Missão
cumprida !
Lita Lisboa, in “Crepúsculo”,
página 34, edições Temas Originais, 2012.
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