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A pedra soletra
as
sílabas dos sons perdidos
perante ervas e silvas selvagens
que germinam nas suas bermas
pela
extremidade latente
liberta-se de todas as raízes
e se inquieta suavemente
na origem de cada anoitecer
porém
estabiliza
na acalmia de cada alvorada
na
consequente expressão
omitida
junto à ultimada solidão da noite
no
solo em que habita
renasce o soletrar
onde a sonora palavra não é vã
e
quando numa pedra pegamos
lançando-a com desmedida força
se empolga a plenitude do vento
e o sopro memorial
do tronco de milhares de vidas.
António MR Martins
perante ervas e silvas selvagens
que germinam nas suas bermas
liberta-se de todas as raízes
e se inquieta suavemente
na origem de cada anoitecer
estabiliza
na acalmia de cada alvorada
omitida
junto à ultimada solidão da noite
renasce o soletrar
onde a sonora palavra não é vã
lançando-a com desmedida força
se empolga a plenitude do vento
e o sopro memorial
do tronco de milhares de vidas.
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