Lisboa e o Tejo, foto de António Martins.
Fosse
o mar desentendido
por onde um rio lhe desagua,
perante percurso já esquecido
em água transparente e nua,
como singelo mar mais distraído
pelo rastilho do sinal da lua.
Fosse
espraiar desinibido
pleno de alegria que magoa,
ante o rumo sempre batido
nas margens de fertilidade boa
ou num provérbio pervertido
de pensamentos sempre à toa.
Fosse
esse mar um oceano,
por desígnio, o Atlântico,
onde a bandeira desce seu pano
e o fado ecoa seu cântico
sobre qualquer retorno insano
ou simples impulso quântico.
Fosse
último verso-poema
frágil ou forte, que não destoa,
incansável, distante seu lema
de aprumo eficaz por coisa boa,
no pranto de um Tejo que é tema
quando se curva por Lisboa.
António MR Martins
por onde um rio lhe desagua,
perante percurso já esquecido
em água transparente e nua,
como singelo mar mais distraído
pelo rastilho do sinal da lua.
pleno de alegria que magoa,
ante o rumo sempre batido
nas margens de fertilidade boa
ou num provérbio pervertido
de pensamentos sempre à toa.
por desígnio, o Atlântico,
onde a bandeira desce seu pano
e o fado ecoa seu cântico
sobre qualquer retorno insano
ou simples impulso quântico.
frágil ou forte, que não destoa,
incansável, distante seu lema
de aprumo eficaz por coisa boa,
no pranto de um Tejo que é tema
quando se curva por Lisboa.
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