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Sinto
as dores da conformação
onde a palavra já não mexe
e o apêndice de cada verso
tem uma fugaz presença
no apagão das memórias
as
brancas inodoras
essas permanecem
como devaneio do seu estatuto
cada
princípio tem um fim
dizem
mas
não ultimem a palavra
ai
estas dores não abalam
e a resistência
não tem a força de outrora
os
registos já não existem
e a consonância
do que já está feito evapora-se
sinto
as dores do conflito
das gerações esquecidas
na omissão de cada poema
os
laços afectam a mediocridade
sem sentido qualificativo
e em quantidades efémeras
tudo
é passageiro
ao fim e ao cabo
ai
como as dores
penetram em meus ossos
num aguçado percurso
em maldição exasperada
nada
parece ter sentido
ficam
as palavras apertadas
pelo nó da discórdia
e na envolvência do verso
que anseia pela liberdade
António MR Martins
onde a palavra já não mexe
e o apêndice de cada verso
tem uma fugaz presença
no apagão das memórias
essas permanecem
como devaneio do seu estatuto
dizem
estas dores não abalam
e a resistência
não tem a força de outrora
e a consonância
do que já está feito evapora-se
das gerações esquecidas
na omissão de cada poema
sem sentido qualificativo
e em quantidades efémeras
ao fim e ao cabo
como as dores
penetram em meus ossos
num aguçado percurso
em maldição exasperada
pelo nó da discórdia
e na envolvência do verso
que anseia pela liberdade
2 comentários:
faz falta no luso
somos vizinhos , tenho casa em Grocinas, Via Vai
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