não sei o que fazer do meu corpo
quando não há perto o teu para o abraçar.
resta-me a antecipação do abraço, esticar o tempo até ser amanhã. é primavera nas flores que te guardo e é possível sobreviver ao aquecimento global se uma delas tapar o buraco do ozono.
deixo chover, seremos felizes, ainda que hoje os meus dedos não prolonguem os teus. esta pequena saudade aumenta-me o coração. para ti hei-de inventar um futuro, desses futuros que se fazem de sorrisos e de abraços como este, que agora trazia embrulhado neste corpo para te dar.
Margarete da Silva
3 comentários:
Espetacular... Não conheço a Margarete mas valeu a pena ler este belíssimo texto.
Um beijinho para si!
Minha querida Margarete:
Não sei se lerás este comentário, mas direi que...Como sempre perfumas as palavras com o incomum dos sentidos fáceis deixando nelas a transparência das emoções.
Muito bom. Bom e sem "aquelas" vulgaridades que chateiam de tão comezinhas que são.
Beijos do "paizinho"
Texto sublime!
Autora que muito me agrada e que leio sempre que posso, ainda que ela não saiba...
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