quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Ilusão


Apelo singelo onde me rendo,
Rio abaixo, num eco profundo,
Arrepio acendo...

Mato escuro tua boca queimava,
Uiva a tua cisma ruiva...

O teu olhar cheira vinho,
Nele se refresca a minha boca um só instante...

Numa sede funda entorpece-me aprofunda,
Enleante agreste e fecunda.
Abre-se disperso meu chão...

Cala-te, imaginação!

Luísa Raposo

1 comentário:

impulsos disse...

António
Mais um belíssimo poema em mais uma homenagem bem merecida!

Muito boa escolha!

Beijo