segunda-feira, 23 de julho de 2012

CAMINHOS VEDADOS




Repouso nesse encontro da tua inóspita fantasia
Vejo apenas sinais proibidos de caminhos vedados
Uma navegação intensa que recusa o desencalhe
Forças ditas cansaço meros ruídos agridoces.

Debruço-me no olhar exausto do sol imaginário
Nem os sons marcantes das tuas vestes pressinto
... E os diálogos são fissuras e mares inglórios
Vulcões ditadores de estados incomuns de sítio.

Nem os aparos enrouquecem na escrita d'ontem
Nem as colmeias seduzem o mel dos corpos
Nem os campos amotinam as urbes de prazer.

Exercito simples rascunhos nos confins revolvidos
Bebo a seiva das árvores na tentativa de frutar
E o poema sobe ao palco completamente desnudo.

in MOMENTOS - José Luís Outono -2012


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