segunda-feira, 21 de abril de 2014

Hélder Leal Martins




Morrendo de sede

Desejo-te aninhada no meu peito
Quero sentir de novo o teu perfume
Encontrar no teu corpo o meu leito
Beber os teus beijos e o teu lume

Quero-te a minha casa e o meu ser
O meu porto de abrigo e o meu ninho
Aconchegar-te em cada entardecer
Adormecer-te sob o meu carinho

Sonhei-te calmo rio e és lagoa
quis-te fresca fonte e é tão boa
a água que em ti nasce de tão pura

Que só de te pensar eu fico à toa
Em busca do teu leito qual canoa
Morrendo de sede e de loucura.

Hélder Leal Martins, in “Até ser dia”, página 42, Editora Cidade Berço, Novembro de 2013.

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