Almofada
desejo,
mais uma vez,
a tua face
que já não beijo.
é nela
que suavemente
encosto
a almofada
do leito
em que já não me deito,
e num momento
de nada,
com gosto,
a aperto
contra o teu rosto
até te tirar a vida
num lento
e louco
sufoco…
Eduardo Roseira, in “Manual de Instintos Assassinos”, obra ilustrada com
desenhos de Lúcio S. O. de Jesus, página 23, edições Versbrava, Maio 2015.
Obs.: A forte poética de Eduardo Roseira, que se apresenta no excelente
conteúdo desta obra, expõe-se segundo a mente perversa do assassino e de cada
sentido próprio do executante criminoso, intrínseco a cada consumado crime.
Pela visão do poeta que já lidou com inúmeros casos destes, numa sua antiga
actividade profissional.
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