sábado, 12 de setembro de 2015

Extremidades aniquiladoras


Imagem da net, em: www.libertar.in



Prendem-se-me os braços,
doridos do flagelo da sorte inexistente,
inseguros do rastreio abominável
da consumação.

Atormentam-me as vozes,
inaudíveis a preceito,
que extrapolam disseminações maliciosas
reveladoras de incoerências
e catalisadoras da (in)conformação.

Arrepiam-se-me as vértebras
das reticências de um futuro amargo,
amorfo e repelente,
que nos é incendiado pelas mentes fechadas
e restauradas
para nos cativarem o desalento.

Aprisionam-me a capacidade
de me sobrepor aos devaneios
desta política mundial,
da finança, da corrupção, da repressão,
da deturpação, da anomalia psíquica (trabalhada),
do encobrimento, da falácia, da crença maldita,
da exploração, do facciosismo, da omissão,
da mesquinhez
e de tanta profusão caótica atropeladora,
que na vida nos faz escassear
o simples direito ao alimento.

António MR Martins

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