Celebrar a paixão
As
mãos agitam-se na penumbra
como
se buscassemdo espaço solitário
o devaneio
inusitado.
Águas
enremoinhadas
clareiam
espumasna noite quebrada.
Espantados
sons roucos assistem
à
cadência das marés em partos esperados.
Tocam-se
corpos e almas
dedilhando
cordas ao compasso da lua cheia.
Pela
madrugada
desejos
saciados
em
juras de amor inscritasnos beijos cúmplices cobertos de areia.
Conceição Oliveira, in “Da Raiz (transparências)”, página 32, edições
Palimage, Coimbra – 2014.
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