sábado, 21 de outubro de 2017

Connosco, mediocridades valorosas / With us, valorous mediocrity


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Connosco, mediocridades valorosas

Connosco o arrastar
dos caminhos da insegurança
dorida, pela persistência
nas tangentes ao prumo da vida.

Connosco a envolvência,
rebuscada de temores,
galardoada com medalhas de latão,
que brilham, douradamente,
a cada manhã.

Connosco o espraiar desmedido
perante a avidez das ondas desfeitas,
que espumam por todos os sentidos
perdidos.

Connosco as margens inacabadas
onde as águas se tornam desleixadas
e profundas,
pelo leito que as acolhe,
rumando ao sal de tantas outras águas.

Connosco o caule que nos sustenta
e fortalece,
da árvore, que mesmo ardida,  nos impele
à reforçada busca da liberdade.

Eis a felicidade, porventura suprema,
que nos alimenta o âmago,
a cada nova manhã de nossas vidas,
exposta a tanto olhar matreiro,
quiçá invejoso, neste encantamento.

António MR Martins

(Português /portuguese)


 
With us, valorous mediocrity

With us or drag
of the ways of insecurity
painful, persistent
in tangents to the plumb of life.

With us,
full of fears,
awarded with medals of brass,
which glow, golden,
every morning.

With us the overstretching
before the greed of the waves undone,
that foams by all the senses
lost.

With us the unfinished margins
where the waters become sloppy
and deep,
by the bed’s water that receives them,
leading to the salt of so many other waters.

With us the stem that sustains us
and strengthens,
of the tree, which even burns, impels us
the pursuit of freedom.

This is the happiness, perhaps supreme,
which feeds us the core,
with each new morning of our lives,
exposed to both looking sly,
perhaps envious, in this enchantment.

António MR Martins

(Inglês / english)

(com alguma ajuda do tradutor “Google”)

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