quarta-feira, 11 de abril de 2018

Proibitivos carreiros


Imagem da net.





Por entre os vales do medo
se acorrentam as feridas
da podridão, longe da cura.
São resquícios das secas fontes,
onde não surgiram nascentes
e demais estratagemas.

Resta um fio de uma corrente
que não seca, por desprazer,
continuando por diante
em conflito com tanta dor,
interiorizando com o mal
a sua única solução.

Há um patamar atingido
por mera coincidência
entre as linhas do pavor,
que nada tende a melhorar
entre as origens e os destinos
dos caminhos percorridos.

O pensamento se desprende
perante os carreiros impuros
que nos tolhem a mente
e a conclusão nefasta
nos invade o interior
com tanto, ainda, por surgir.

António MR Martins

1 comentário:

Sellma Batalha disse...

Muito bonito e provocador.
Parabéns!