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Corta-se
o silêncio
da
voz inquieta
augurando
rancores
intrometidos
acomodados
pelo tempo.
Esvoaça
o grito
pelos
trilhos da glória
onde
o vento é dono
de
todos os percalços
inundando
o
aroma silvestre
de
agudizados tremores.
Caem
as folhas secas
do
mito
cruzando-se
decepadas
no
tempo desencontrado
de
todas as palavras.
Sucumbem
os mortos
com
os vivos a seu lado
num
percurso alado
onde
a saliva silencia
o
defeito da voz pendente
pela
rouquidão descrente
no
receio de tanta demora.
António MR Martins
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