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Na tosca mania da rejeição
se situa o plano da atitude,
há que permanecer confinado
deixando as borboletas voar,
também as aves aludem
a esta conformidade assertiva
no seu planar sobre as águas
que revestem a cidade.
A bruma surge amiúde
a cada amanhecer
trazendo novas tristonhas
que as nuvens querem esquecer.
“Ontem, hoje e amanhã”,
como diz a letra da canção
que a esperança nunca falte,
e que o vento traga notícias
que transbordem de emoção,
envolvendo de delícias
o sonho que no imo decalque
o nosso eterno talismã.
António MR Martins
Março de 2020
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