Eu,
hei-de voar mais alto
que as estrelas,
Abraçar o mundo
com meus braços,
Rasgar infinitos
em amplas janelas...
Caminhar,
muito no Além dos espaços !
Perder-me em infìmos
e mágicos matagais,
Onde os lobos uivam
á noite gritos infernais !...
Sombras,
no verde dos olivais ,
Cantar dos teus olhos,
no gorjeio dos pardais !
Eu e Tu!
suspirando gritos! ...
(Vagas enamoradas)
flutuam ao som do vento .
Palácios e estrelas,
ao longe os infinitos!...
Juntos...
Sempre!
Em pensamento!...
Luísa Raposo
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Parado no aconchego
Num conceito apropriado
sem pretexto pelo tempo
ancoro-me bem situado
simulando um passatempo.
Desisto de todo o esforço
de índole física ou mental
no descanso vem o reforço
que consolida meu astral. Não incomodem meu ser,
seja lá pelo que for,
mesmo que chovam calhaus. Nada há que queira fazer,
pela fome de tamanha dor
e na vida subir degraus!... foto R F Royalty Free (net) "Preguiça"
sem pretexto pelo tempo
ancoro-me bem situado
simulando um passatempo.
Desisto de todo o esforço
de índole física ou mental
no descanso vem o reforço
que consolida meu astral. Não incomodem meu ser,
seja lá pelo que for,
mesmo que chovam calhaus. Nada há que queira fazer,
pela fome de tamanha dor
e na vida subir degraus!... foto R F Royalty Free (net) "Preguiça"
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Sentimentos escondidos
Já repararam que, na sociedade em que vivemos é, cada vez mais, raro ouvir alguém dizer “amo-te” ou “gosto de ti”? E que aqueles que o dizem, muitas vezes, fazem-no com receio de serem mal interpretados? É claro que muitas vezes demonstramos, pelos nossos actos, que amamos alguém. Mas será que a outra pessoa o percebe? Será que não vai pensar que reagimos assim com todos os outros?Não é fácil, eu sei e assumo. Gostava de ter a coragem necessária para ser a primeira a dizer: “Amo-te. Gosto de ti”. Parece fácil… Mas não é! Porque não sei o que vão pensar de mim, nem sequer sei se sentem o mesmo. Podem reagir assim com outras pessoas e eu ser apenas mais uma. Ou não... Enquanto não me dizem o que sentem, eu não terei a certeza. E com vocês, também é assim, não é?Mas, pensem lá comigo… Se nós não o dissermos, também não vamos ouvir! Se não o dissermos não vamos saber se sentem o mesmo ou não! Não temos de esconder o que sentimos a quem é o objecto da nossa afeição. Porque, se o fizermos, estaremos a esconder uma parte fundamental de nós a quem mais nos importa. E para quem somos importantes. E se não quiserem que o resto do mundo saiba, não interessa. Basta que os envolvidos saibam!
Magda Pais "Pedra Filosofal"
Continuada submissão
sábado, 25 de julho de 2009
OS TEUS LÁBIOS
Os teus lábios são um Mundo Onde me perco a viajar Vou e volto perdida E perdida torno a voltar Os teus lábios são frenesim Que palpitam de doçura Sinto-os tão quentes em mim Perdidos de tanta Ternura
Sandra Nóbrega "Fly"
Pela comemoração do 2º aniversário como usuária do "site" da escrita "Luso-Poemas"
Sandra Nóbrega "Fly"
Pela comemoração do 2º aniversário como usuária do "site" da escrita "Luso-Poemas"
Aperto no respirar da poesia
Dobrei o espaço
que me contornava os movimentos.
Pude respirar um pouco melhor!...
O verso continha uma palavra a mais!…
Retirei uma delas,
mas não era a aludida.
O sufoco me envolveu,
em apoteose!…
Fiquei sem hipótese de fuga!...
Quase não consigo respirar!...
O ar já não me envolve,
o puro!...
foto de Emanuel Oliveira (Falta de AR)
in Olhares - fotografia online
que me contornava os movimentos.
Pude respirar um pouco melhor!...
O verso continha uma palavra a mais!…
Retirei uma delas,
mas não era a aludida.
O sufoco me envolveu,
em apoteose!…
Fiquei sem hipótese de fuga!...
Quase não consigo respirar!...
O ar já não me envolve,
o puro!...
foto de Emanuel Oliveira (Falta de AR)
in Olhares - fotografia online
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Ciúmes
Impiedosamente lanças o grito
e destróis-me com a vaidade
do teu ego desmedido,
lançando olhares e gentilezas,
palavras e graças
que m’atraiçoam.
Enquanto ardo na fogueira
que ateei com despeito,
rogo para que as chamas
te queimem o orgulho
e que os desvios dos caminhos
te tragam tão somente a mim.
A cegueira que m’atinge
levanta o punhal
e crava-to no peito! Vera Sousa Silva
À vila alentejana de Mourão
Terra de sangue alentejano
presa a um braço do Guadiana,
na sua matiz de branca cor,
num casario que rodeia o castelo,
quase proferindo um apelo
a todos os que passam clama,
sempre com o mesmo amor…
em canto de grande emoção,
na voz de superior soprano.
É com relevante chama…
não esquecendo a gratidão,
que rejubilo e aqui revelo:
- Te adoro, vila de Mourão!...
presa a um braço do Guadiana,
na sua matiz de branca cor,
num casario que rodeia o castelo,
quase proferindo um apelo
a todos os que passam clama,
sempre com o mesmo amor…
em canto de grande emoção,
na voz de superior soprano.
É com relevante chama…
não esquecendo a gratidão,
que rejubilo e aqui revelo:
- Te adoro, vila de Mourão!...
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Lançamento do livro "Continuando assim...", de Teresa Queiroz
A autora, Teresa Queiroz, e a Temas Originais têm o prazer de o convidar a estar presente na sessão de lançamento do livro “Continuando assim...”, a ter lugar no Auditório do Campo Grande, 56, Lisboa, no próximo dia 18 de Julho, pelas 19:00. Obra e autora serão apresentadas pela Dr.ª Isabel Basto.
Apareça!
Apareça!
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Dueto com o meu cão
O meu nome é Gaspar
Sou um libertino Podengo
Já devem ter ouvido falar
Deste cão que não é trengo
O Zé Torres, esse febril
É o meu dono sem ser
Foi-me buscar ao canil
Mesmo antes de eu nascer
Que o seu desejo por um cão
Era uma coisa do destino
Lida na palma da sua mão
Por uma cigana sem tino
Ainda me lembro quando cheguei
Embrulhado do enjoo
Do susto enorme que apanhei
Neste meu primeiro voo
Lá onde eu estava hospedado
Nunca avistei o céu
Era uma espécie de condenado
Sem antes ter sido réu
Hoje vivo perto do paraíso
Sou dono e senhor do lugar
Agradeço ao poeta sem juízo
Tudo o que me fez ganhar …
Eu, é que aqui te agradeço
Gaspar que não és cão
O mais homem que conheço
Neste mundo sem perdão
Sou o Zé Torres poeta
Disso podes ter a certeza
Uma espécie de pateta
Sem direito a sobremesa
Sem direito a sobremesa
E estas nossas conversas
Nem precisam de sofá
Basta o olhar com que versas
Na conversa que não é vã
Também eu bem me lembro
Quando aqui chegaste agoniado
Seria Agosto ou Setembro
E fui eu que limpei o vomitado
Recordas-te do texto que te dei(1)
Em conversas já passadas?
Do primeiro livro que editei
Nas tuas lágrimas molhadas?
Eras como hoje, cão mais homem
Que muito homem que por aí anda
Sem esperança que o retomem
No canil de quem nele manda
No canil de quem nele manda
José Ilídio Torres
Mais trabalho, menos salário
Hoje te dou mais trabalho
que me dará mais dinheiro...
de certeza não atrapalho
teu labor do mês inteiro.
Com trabalho extraordinário
cumpriste o teu objectivo;
tenho de encurtar teu salário,
mesmo que não haja motivo.
Com grande rigor e mais valia
consegues manter o emprego,
se aos sábados vieres, seria
muito melhor, eu não nego...
e demonstraste valentia,
não dou dinheiro, dou um prego!...
António MR Martins
foto de Luísa Luís, in Olhares Fotografia Online , "Avareza"
que me dará mais dinheiro...
de certeza não atrapalho
teu labor do mês inteiro.
Com trabalho extraordinário
cumpriste o teu objectivo;
tenho de encurtar teu salário,
mesmo que não haja motivo.
Com grande rigor e mais valia
consegues manter o emprego,
se aos sábados vieres, seria
muito melhor, eu não nego...
e demonstraste valentia,
não dou dinheiro, dou um prego!...
António MR Martins
foto de Luísa Luís, in Olhares Fotografia Online , "Avareza"
domingo, 5 de julho de 2009
tu criança
sábado, 4 de julho de 2009
Que não morra a esperança
Me empolam os poros do prazer
numa incontida persistência,
desarvorada...
Me enrolam na plenitude do ser,
incutindo-me a penitência,
alcandorada...
Me tornam suspeito
de uma presença
irreconhecível...
num desenrolar
desanuviado...
no acalmar a besta
da intolerância.
É neste discernir,
neste descobrir...
que atento o valor
do elevado sentir da esperança!...
numa incontida persistência,
desarvorada...
Me enrolam na plenitude do ser,
incutindo-me a penitência,
alcandorada...
Me tornam suspeito
de uma presença
irreconhecível...
num desenrolar
desanuviado...
no acalmar a besta
da intolerância.
É neste discernir,
neste descobrir...
que atento o valor
do elevado sentir da esperança!...
Subscrever:
Mensagens (Atom)