Deslizas em espiral pela beira do pesadelo
Desgarrada medonha em forma de agonia
És filho imaturo de uma mãe que asfixia
Num rio de tormentas, por um filho, um apelo
Entrelaças a esperança por entre o feio novelo
Imaginas num relance que vistes a luz do dia
Mãe cativa chora lágrimas de alegria
Filho perdido abraçaste um duelo
Num rasgo de lucidez e desesperança
Agarras um raio de sol feito criança
Embrenhaste numa luta desigual
Entre o vicio, a dor o prazer imaginado
Numa seringa, na calma de um dardo
E essa mãe que reza, sua fé é abismal.
Antónia Ruivo
2 comentários:
Uma bonita poesia da nossa amiga Antónia, numa lembrança em jeito de homenagem aqui feita por alguém que não se cansa de dar destaque a quem lhe merece admiração.
Também eu já tive o prazer de aqui ser homenageada.
Bem hajas António
Lurdes,
Agradeço tuas palavras, mas isso faz parte da minha companhia e de quem eu admiro. Hás-de voltar aqui...mais vezes.
Bem hajas, também.
Beijinho
António MR Martins
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