Não tenho nada! Nem terra, nem casa ou pão,
Nem mágoa, dor ou paixão,
Nem restos de uma ilusão,
Nem amizade aos que estão!
Não tenho nada de meu! Não tenho nada! Depois de tanto ter tido
E o mundo ter percorrido,
De haver brocados vestido
E ter co'os grandes vivido,
Tomando a terra por céu. Não tenho nada! Nem quero ter novamente!
Seja o futuro dif'rente,
Ou seja como o presente,
Que faz feliz tanta gente,
Que até vergonha perdeu.
Vítor Cintra
do livro "Entre o Longe e o Distante", edições Temas Originais (2009) foto de Luísa Simões Martins
1 comentário:
Eu amo poesias. E estou feliz por ter achadod um blog que tem cultura. Não porque hoje em dia só se acha lixo.
Parabéns
http://carolldesouza.blogspot.com/
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