o caminho é sinuoso e os ventrículos contraem-se,
o amor é melindroso e paro para articulá-lo.
devagar, meticuloso, passo ao lado
deste poço em versão gira-discos estragado,
toca a mesma música no epicentro do sismo,
eu mesma,
prelúdio do esconjuro de cenas, de coisas, de peças,
eu mesma,
edito os meus olhos e pinto-lhes o avesso, tons de saudade.
profícuo, promíscuo em desarmado calabouço.
princípio derradeiro de um fim forasteiro,
engulo as pautas de silêncios a preceito.
eu mesma.
engulo.
eu mesma.
Margarete da Silva "Mar"
Margarete da Silva "Mar"
1 comentário:
Lindíssimo! Esta menina-mulher é fantástica!
Beijo
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