Namora-te o Mondego, quando passa
Bem lento, muito lento, rumo ao mar;
E, nesse deslizar, quase te abraça,
Talvez por ter vontade de ficar.
Depois de Guimarães, foste a cidade
Que os reis quiseram ter por capital;
Mais tarde foi a Universidade,
Que te tornou princesa em Portugal.
Em ti, Dona Isabel, Rainha Santa,
Cuidou de pobres, órfãos e doentes.
Inês amou, foi morta, dor ingente.
Em ti, a juventude vive, canta,
Estuda, faz loucuras, mas encanta
Na sua tradição irreverente.
Vítor Cintra
In livro "Memória das Cidades", página 18, edições Temas Originais, 2011.
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