ela desapertou a cabeça com uma chave estrela. enfiou-a depois num caixote de papel forrado a jornal. com o caixote ao pescoço foi rua acima em passo lento, braços à frente do corpo. chegada à esquina, braços primeiro, sentou-se junto ao passeio. nunca soube para que lado da vida se foge quando o amor dói.
Margarete da Silva
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