UM BERÇO ATRACADO NO CAIS
e o perfume de violetas?
Em que margem se esvaziou o futuro
dotado pelo homem em parcela de vida?
A
floresta que desculpe os ramos,
enquanto
se exibem nos remos junto ao cais.
Os
nós apenas envergam um casaco de cordas,
num
turbilhão de inverno despido, a rondar os passosdas águas, que se desprendem numa corrente de ar.
A
vida é um berço atracado no cais,
que
se desfaz num instante,que o tempo desembrulha!
A
tesoura, estremece o corte
onde
se espraiam os farrapos e as cinzas!
Dalila Moura Baião, in “Quando o mar corre no peito”, página 23, edições El
Taller del Poeta, Pontevedra (Espanha), 2014.
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