OBSESSÃO
Pedisse
o mundo inteiro eu lho daria,
Por
muito que isso fosse inconsistente;Em nós era tão grande a empatia
Que nem o pensar era diferente.
Vivendo
em dependência doentia,
Aquela
paixão louca, permanente,Sem ver, à nossa volta, se existia
Qualquer razão de vida mais premente…
Servido,
num delírio, cada dia,
O
mundo do futuro era o presente,Sem ver, no amanhã, mais garantia
Que a chama intensa desse amor ardente.
Até
se consumar, nos consumia
O
corpo e alma, a vida e a própria mente.
Vítor Cintra, in “Ao
Acaso”, página 33, edições Lua de Marfim, Março de 2015.
Boas e
rápidas melhoras, amigo Vítor!... Forte abraço!
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