TELA VIVA
Não
amordaço as mãos,
deixo
que falem,quando na tela branca
elas deslizam.
Solta-se a cor e o pincel,
é a força das artérias
que matizam.
Em
murmúrios
apagam-se
os abismosarde o fogo
em alquimia azul,
na tela alva.
As imagens, da sombra são despidas.
Visto-as com auréolas de liberdade.
E
de repente
contemplo
o nascimento… E é luz, é luar
é dia que amanhece
é jarra florida
é mar que encapela
é colina que floresce.
E do nada, fez-se sonho
e o sonho criou vida.
Missão
cumprida!
Lita Lisboa, in
“Crepúsculo”, página 34, edições Temas Originais, 2012.
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