MAL MENOR
Vem
até mim a solidão reinando
E
chega nua e possante,
Com
garras apertando
A
revelar-se castradora e angustiante.
Sinto-a
perigosamente em desmando
Abeirando-se
obscena e abundante,
E
mesmo que aporte branda
Ela
impera pesada e arisca e aviltante.
Mas
todo o mal traz um bem:
A
solidão protege-me de gente farsante!
Severino Moreira, in “Desconexões (andar pelas fragas do caminho)”, série “mínima”,
n.º 20, página 17, edições Temas Originais, 2016.
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