segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Equívoco



Imagem da net, em: pt.wikipedia.org



Não digas nada, meu amor, agora!
Anoitece nas terras donde saí!…
Sou bruma, percalço da demora,
que ao chegar, no sentir, logo parti!...

Ante o luar nem minha sombra vi,
pelo teu rosto  a lágrima caiu;
vendo os enfeites envoltos em ti…
minh’alma… logo desta terra partiu!...

Tua expressão, assim, disse a graça…
sentindo que esta mera trapaça
se escondeu em metafóricos véus.

Pernoitando em singela poesia…
do contentamento ficou arredia
num epílogo de bradar aos céus!...

 
António MR Martins

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