Por fim, a terra
O
ar não consegue apagar
a
pequena sombra dos homensde tão absurdos e arrogantes que somos.
O
mar, às vezes, avança
sobre
toda a criaturapara demonstrar que somos
seres débeis e finitos.
A
terra revolve-se
e
remove as mentirasem sinal de poder.
A
lua segue fluindo sempre
num
vaivém contínuo e mágicoapesar do pranto
dos que já se sabem frágeis.
Todos
desapareceremos e o sol
apagará,
por fim, as nossas sombras,cobrindo de luz
os vazios mais obscuros
que povoaram este mistério.
Montserrat Villar González, in “ Terra Habitada”, página 25, edições Palimage,
Outubro 2014.
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