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E a hora desesperou
tardia
num tempo
que tardou
sem ter tempo.
Entre o tempo
em que tardou a espera
daquele verso
que o poema não findou.
Demorou tanto a chegada
que pela partida ansiou.
Logo a palavra
com entusiasmo
num sem tempo
se deslumbrou.
O poema nessa quimera
quedo ali se finou
amargurado pela espera
que o verso nunca criou.
Autópsia da descoberta
num tempo morto
futilizado
quase ocaso afinal.
Surge a montante
o sentido para o verso
e acontece a palavra certa
para o poema renascer.
Este o tempo de existir
do criar
e do porvir
ou a simples evidência
da poesia a acontecer.
António MR Martins
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