A. M. Pires Cabral, imagem da net.
DESESPERANÇA
Já não sei que mais navios
buscarão este insalubre
litoral nosso desfeito
dentro da própria espuma
Já não sei que mais navios
cortarão na noite intensa
velhas ânsias de chegar
sua renascida pressa
Já não sei que mais navios
virão com carga no ventre
abastecer a distância
interior da minha gente
A. M. Pires Cabral, in “Artes Marginais”, página 52, edições Guimarães Editores, Novembro de 1998.
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